domingo, abril 25, 2004

Liberte-me

Não me procure!
Não me ligue!
Não fale comigo!

Ignore-me aqui!
Por que é melhor assim
Por que não quero a ti.

Quero estar comigo

Minha sombra e eu.

Assim,
tomada de minhas posses
quero estar.

Respeite-me.
Deixe-me.
Liberte-me.

Digestão

Tarefas roubadas
Medos transferidos, inibidos, ocultos.
Desafetos e mágoas.
Mau entendido.
Qué pasa?

Passei ao segundo nível,
Alimentei minhas neuras,
para sanar minhas carências
queria te digerir.
Canibal, você ainda está aqui.
Oculto, nem eu mesma vi.
Seu clone bate à porta,
Como que se oferecendo.
Para me distrair.

Quantos clones!
Quantas vidas!
Quantos ciclos!

"A Aninha e seus ciclos" diria alguém que muito bem me conhece.
Mais o que eu posso fazer?
Evitá-los?
Não desejá-los?
Sei, é verdade, é só um clone.

sexta-feira, abril 23, 2004

Buscas

Busco pontos comuns, inspirações, alterações, afirmações nas suas ações.
Vejo meu reflexo no espelho aonde antes não via nada.
Fé, fé?
O que é preciso para ser forte?
O que é preciso para nunca errar?
E quando o tempo acabar?