Pour l´amuor de la reine

A: Por que vocês terminaram? Ficou tudo bem entre vocês? Ou não?
B: E isso importa?
A: ...
B: Nós terminamos, pois somos jovens. Pois pertencemos a uma sociedade individualista-consumista que vive de monogamias sucessivas. Por que o amor aqui não existe. Só há paixão. E quando esta acaba, os relacionamentos acabam.
A: Então você não acredita em amor?!?
B: ...Não. Foi-se o tempo em que eu acreditava no amor.
A: Então... mudemos de assunto...

(em discordância B continua )

B: Amor é um sentimento muito forte, que não é etéreo como a paixão. Amar nem sempre alimenta a alma. Amar dá trabalho. E, às vezes, se ama, mais não se pode estar junto, é o amor platônico. E amar também não é exclusividade de uma pessoa só.
A: Você é bem liberal nesse seu conceito, hein ?
B: Ora, não seja tolo. Não estou aqui fazendo apologia a poligamia ou derivados. Quero dizer que nem sempre as circunstâncias nos permitem o que desejamos, mais nem por isso os sentimentos se apagam. Estão ali guardados.
...
B: E pensando bem, acredito que a dor também funciona como o amor. Aprendemos a conviver com a dor, a agir como se esta não esivesse ali. Mais se algo de diferente acontece, reagimos "de forma estranha", coerentes com aquela dor secreta.