sábado, agosto 14, 2004

Tríade cafona e incompleta: parte dois

Das amizades que o cupim corrói:

Dessas (como de sempre) não sei bem explicar. É uma máfia poderosa que pode ser muito benigna, mas que precisa , como qualquer outra coisa que conheço, de prática. Se deixar os anos passar, sem nem olhar, “derrepente” tudo vira pó, farelo, resto de cupim. A falsidade vem dando o ar da graça encobrindo aquele defeitinho que não tem por quê falar, o nariz torcido que se deixar para lá, ninguém verá. È, ninguém verá que o que era um intercâmbio construtivo de idéias se torna um espaço para encobrir defeitos espertamente fugidios no silêncio consentido do (agora com aspas) “amigo”.
Que merda ! Não sei se confio em vc ! Que merda! Eu adoro vc! Que merda!

Por isso, meus caros leitores (imaginários), é que acredito nas horas em que é preciso coragem para reconhecer o erro, coragem para ver que você e aquele seu melhor amigo têm defeitos... mais não tem problema, desde que se saiba reconhecer quando se pisa na “porra da minha bola noviiinnnha!!!!” E ainda sim se possa ser leal, fiel, que se possa haver confiança. Que de nada vale dizer todas as palavras de virtude, honra e nobreza do mundo se não for capaz de fazer seu amigo sentir-se querido, que tudo tem hora, e maneira de se falar.

Às vezes é difícil, beirando o impossível, pedir desculpas, mas às vezes é bom por na balança: o que vale mais meu eu orgulhoso, ou minha amizade?

Não sei como deve ser a melhor maneira de se concertar uma mancada, uma briguinha besta de menininhas mimadas. Sei que de fato me reconhecer intimamente me conforta e me dá a certeza que para mim amizade só vale se for sincera, se houver olhos nos olhos (sem babaquices!), em palavras mais formais se houver cumplicidade.
Incerto para mim é o que fazer com aquela (no atual momento entre interrogações seria a melhor escolha) amiga que chamei de irmã. Talvez deva colocar no saco das pessoas sem saco de me aturar!!!

Tríade cafona e incompleta...Tríade de um

Por favor computador se aprume logo! Tenho que dizer... antes que a idéia se vá . Preciso divulgar ...

Eis uma tríade...a tríade da “purificação”...está tudo em jogo...amizade, amor, responsabilidades.

Dessa tríade emocionante, como qualquer capítulo de suas próprias vidas, nesse momento o meu fomento é o mais vil de todos: a paixão.

Emulada pelo dia dos namorados? Talvez , de fato não importa muito. Relevante é o que me move, me irrita e me intriga é essa raiva que estou sentindo de mim. Por pensar ter perdido algo puro como o primeiro amor, ingênuo, quase sublime, sutil... tanto capaz de só ter existido na minha mente- mas que me fez sorrir me fez andar, “sair da inércia”. Um quase –amor, um quase relacionamento, abraços gostosos, brincadeiras, faces coradas, um beijo à moda antiga na mão da moça apaixonada... que timidamente se retrai... não tão timidamente, talvez amedrontada por vislumbrar um possível “não platônico”, e assim um movimento brusco da mão beijada fugindo com o resto do corpo. Aonde fosse não importava sentia aquele doce vazio, da lembrança recente, que adocicava a cada instante (que maravilha !) cada instante e tornando tudo ao redor digno de um sorriso feliz ou um suspiro satisfeito.

Tão intenso quanto efêmero. Pois como doce foi o meu prazer, imagino o quanto amargo foi o seu desprazer ao ter tido minha mão roubada, por uma ladra grosseira incapaz de corresponder ao menos com um olhar!

E desse enlace sem palavras, belo pelo mistério dos sinais, dos olhares e da imaginação, perdi sem nunca ter chegado a ter... uma paixão.

sábado, agosto 07, 2004

Palavrão

Seu metaléxicoeconomiopiadesenvolvimentirutopiadaconsumidoidospatriotáriossuicidadãos(José Paulo Paes)