Tríade cafona e incompleta: parte dois
Das amizades que o cupim corrói:
Dessas (como de sempre) não sei bem explicar. É uma máfia poderosa que pode ser muito benigna, mas que precisa , como qualquer outra coisa que conheço, de prática. Se deixar os anos passar, sem nem olhar, “derrepente” tudo vira pó, farelo, resto de cupim. A falsidade vem dando o ar da graça encobrindo aquele defeitinho que não tem por quê falar, o nariz torcido que se deixar para lá, ninguém verá. È, ninguém verá que o que era um intercâmbio construtivo de idéias se torna um espaço para encobrir defeitos espertamente fugidios no silêncio consentido do (agora com aspas) “amigo”.
Que merda ! Não sei se confio em vc ! Que merda! Eu adoro vc! Que merda!
Por isso, meus caros leitores (imaginários), é que acredito nas horas em que é preciso coragem para reconhecer o erro, coragem para ver que você e aquele seu melhor amigo têm defeitos... mais não tem problema, desde que se saiba reconhecer quando se pisa na “porra da minha bola noviiinnnha!!!!” E ainda sim se possa ser leal, fiel, que se possa haver confiança. Que de nada vale dizer todas as palavras de virtude, honra e nobreza do mundo se não for capaz de fazer seu amigo sentir-se querido, que tudo tem hora, e maneira de se falar.
Às vezes é difícil, beirando o impossível, pedir desculpas, mas às vezes é bom por na balança: o que vale mais meu eu orgulhoso, ou minha amizade?
Não sei como deve ser a melhor maneira de se concertar uma mancada, uma briguinha besta de menininhas mimadas. Sei que de fato me reconhecer intimamente me conforta e me dá a certeza que para mim amizade só vale se for sincera, se houver olhos nos olhos (sem babaquices!), em palavras mais formais se houver cumplicidade.
Incerto para mim é o que fazer com aquela (no atual momento entre interrogações seria a melhor escolha) amiga que chamei de irmã. Talvez deva colocar no saco das pessoas sem saco de me aturar!!!